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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A VERGONHOSA SAÚDE DE ALCKMIN E DO PSDB





















Gado. Essa foi a sensação que tive ao precisar utilizar o Hospital Geral Jesus Teixeira da Costa em Guaianases. Fui acompanhar meu irmão que precisava passar em um Clínico Geral e recebi a notícia criminosa de que não havia médico de plantão. Com muito custo, conversei com o médico responsável e soube que há anos o hospital não dispõe de um quadro suficiente de médicos plantonistas para atender a população do bairro e da redondeza. Não apenas isso, também soube que o Hospital Público de Tiradentes não conta com o serviço de plantonistas. Os pacientes saem de lá e vem para o Geral e recebem porta na cara.

De um quadro mínimo de 15 médicos plantonistas necessário para fazer o serviço funcionar, há apenas quatro médicos. Enquanto conversava com o atendente, pessoas chegavam com crianças machucadas, fraturadas, pessoas idosas e tinham de se deslocar para outros hospitais por falta de médico. A função dos funcionários do atendimento era apenas duas: informar a falta de médico e rezar para que não fossem agredidos pela família dos pacientes que lá chegavam. Conforme o médico informou, um rapaz baleado morreu no hospital por falta de médico e por pouco um funcionário não morria também, pois o irmão da vítima estava armado.
Essa é a vergonhosa política pública de saúde que Geraldo Alckmin oferece para a população paulista. Um dos Estados mais ricos do Brasil e não consegue oferecer serviço mínimo de saúde à população. A sensação de impotência tem sido quase sempre o único recurso que temos diante deste partido especialista na violação dos Direitos Humanos. A Saúde é direito fundamental e assim como a Educação, Moradia e outras áreas, ela tem sido sucateada vergonhosamente pelo PSDB a favor das empresas privadas que, ou parasitam hospitais públicos com seus inúmeros convênios, ou montam seus hospitais arrojados com as portas arreganhadas, aguardando a população descrente no serviço público. Definitivamente, o PSDB faz mal à saúde.
O que vi hoje foi o funcionamento perverso dos mecanismos de imposição da busca de um convênio médico. A população da periferia iludida com a suposta ascensão econômica tem feito obedientemente esse movimento como gados. Acreditando que o serviço particular lhes garantirá uma real qualidade de atendimento, não veem que são tratados como gados forçados a aderirem o convênio médico. E pior, vão encontrar o convênio com a mesma qualidade de atendimento que dispõe no serviço público, só que agora pagando.
Essa é a política neoliberalista do PSDB que, presente há mais de 16 anos no Governo de São Paulo, e contando com uma maioria na ALESP para aprovar seus projetos, tem implementado a destruição do serviço público com dinheiro público. Quer fazer política de fato, meu bem? Comece a buscar atendimento em Hospitais Públicos nas periferias de São Paulo para saber o que é ter como Governador o Sr. Médico Geraldo Alckmin e a sua trupe do PSDB.
A população precisa entender que serviço público não é benefício, mas direito da população e obrigação do Estado. Chegar à porta do Hospital, receber um não e sair conformado, naturalizando essa relação, só contribui para a continuidade do sucateamento do serviço público feito pelo PSDB em São Paulo. Não, não é resposta para quem já paga pelo serviço de saúde – sim, pagamos com nossos impostos – também não é solução bater boca, ameaçar ou insultar funcionários mandados a nos dizer não. Só a mobilização é a resposta necessária para a garantia de uma saúde de qualidade.

P. S.: Se possível, divulguem ao máximo de pessoas, que, como eu, têm experimentado essa realidade quando precisa de um atendimento hospitalar.

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